sábado, julho 26, 2003

OH, VIDA ESTRANHA

Oh, vida estranha
que nos obriga a burrice tamanha
nos prende àquilo que não queremos viver.
Oh, que grande agonia
estou presa ao mundo da fantasia
todos aqueles desenhos que estou a perder.
Oh, burrice estranha
que nos leva à viagem tamanha
sempre estou a me arrepender:
se estou no colégio, acho perda de tempo;
se estou na Anima Mundi, penso no vestibular
e tudo que eu quero é escrever e desenhar.
Minha mão treme, meu coração se agita
quando tenho de repente nova idéia a ser escrita
quando estou a produzir seja qual for o lugar
desde que eu possa redigir e registrar
o turbilhão que eu carrego
apesar de materialista, sou artista, não nego
É o tipo de coisa que não posso e não quero evitar.

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